segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Opinião sobre o Irão, por Matthew Kroenig

As grandes potências mundiais chegaram esta noite a acordo com o Irão, que se comprometeu a não enriquecer urânio acima de 5% durante seis meses em troca do alívio de sanções, informou a Casa Branca.
 Em comunicado divulgado após o anúncio do acordo entre o Irão e as seis potências mundiais (membros do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha), em Genebra, a Casa Branca indicou que o Irão também se comprometeu a desmantelar "os conetores técnicos" que permitem tal enriquecimento.
Com este compromisso, as potências garantem o alívio das sanções contra o Irão, avaliadas em sete mil milhões de dólares, durante os seis meses, mas se o país não cumprir por completo o acordo as sanções voltarão a entrar em vigor.
No âmbito do acordo alcançado, o Governo iraniano comprometeu-se a parar o enriquecimento de urânio até 20% e só poderá fazê-lo abaixo de 5%, apenas o suficiente para o seu uso civil, a não expandir as centrais nucleares de Fordo e Natanz e a parar a construção da central de Arak, onde se poderia produzir plutónio.
"Isto significa que os 200 quilos de urânio enriquecido a 20% [reservas que o Irão possui atualmente] serão zero em seis meses", disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em conferência de imprensa realizada em Genebra esta noite, ao explicar que essas reservas serão diluídas.


BY MATTHEW KROENIG


The interim deal is, as Secretary of State John Kerry has said, only a "first step." It is to remain in place for six months until a "comprehensive" accord can be reached. In other words, now comes the hard part. 

So, where will we be six months from now? 
There are three possible outcomes. First, the two sides might successfully negotiate a comprehensive deal that succeeds in dismantling the Iranian nuclear threat. This would be the best possible outcome, but, given the outstanding differences mentioned above, it is also the least likely.
The second possibility is that the six-month interim deal expires without an accord and the two sides agree to extend the terms of the interim deal. Over time, therefore, there is the danger that the interim deal becomes permanent. (Also in this category would be the possibility that we reach a weak "comprehensive" pact that does not go much beyond the interim arrangement). This outcome should be avoided. As long as such an arrangement is strictly enforced, it would at least prevent Iran from making the final dash to a nuclear weapon, but it would leave far too much of Iran's nuclear infrastructure in place for comfort, amount to a de facto recognition of Iran's right to enrich, and set a dangerous precedent for nonproliferation policy. Moreover, the tough sanctions regime now in place cannot hold forever, and over time the pressure on Iran to uphold its end of the bargain will dissipate.
Finally, and at least as likely as the others, is the possibility that the interim deal begins to unravel after six months, or perhaps even before, and Iran resumes its steady march toward nuclear weapons. In this event, Congress must pass the tough sanctions bill it is currently marking up and the international community must prepare to take military action. 
Because nothing in this recent flurry of diplomatic activity changes the basic fact that, as President Obama has stated many times, a nuclear-armed Iran is "unacceptable" and the United States must do "everything that's required to prevent it."
Ler mais : aqui ; 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Soares

Mário Soares é um dos protagonistas da semana, e não pelas melhores razões. Sou uma admiradora sua, compreendo que junte quem ele quiser pela defesa da Democracia-que ele próprio ajudou a construir- da Constituição e do Estado, mas acho que tem falado de mais. Não lhe fica bem. Nada bem. 

Eu também tenho criticado Cavavo e a sua postura nos últimos tempos, temos esses que exigem um chefe de Estado presente, firme nas suas posições e que possa transmitir confiança aos portugueses. Mas eu sou eu, já um ex-presidente não pode fazer certos comentários. 

Ontem foi mais um desses dias, quando até, vejam bem, Soares pré justificou atos de violência que possam vir a ocorrer. 

Sobre isso escreveu-se hoje: 

O que se passou na última noite em Lisboa é grave e não pode nem deve ser desvalorizado. É claro que em democracia somos todos livres de exprimir as nossas opiniões, sejam ou não politicamente correctas – não é isso, portanto, que aqui se coloca em causa.

O que está em causa é saber com que legitimidade um dos “pais” da nossa democracia e ex-presidente da República usa a responsabilidade que lhe advém do seu passado e do cargo que exerceu, para pedir a demissão do governo e do Presidente da República, só porque não concorda com a sua forma de exercer o poder.

Soares vai mais longe e numa ameaça disfarçada de aviso diz: “É melhor demitirem-se agora enquanto ainda podem ir a pé para casa”, porque senão será tarde demais. Tarde demais para quê?

O que está em causa é saber com que legitimidade centenas de agentes das forças de segurança em manifestação se arrogam o direito de desautorizar os seus colegas em serviço, rompendo a barreira que os impedia de chegar à porta do Parlamento e depois, a dois passos da porta dizerem que não querem fazer mal, é só um aviso. Aviso de quê?

Acaso os agentes de segurança, capitaneados pelos organizadores do encontro das esquerdas nos estão a querer dizer que, daqui para a frente, ou é com as regras e acordo dos próprios ou acaba-se a democracia?

Será que o Dr. Soares, tão zeloso da independência, legitimidade e do respeito pelo Tribunal Constitucional, acha desprezível o papel das forças de segurança num Estado de Direito Democrático e, portanto, aplaude a manifestação de ontem? E achará ele que a legitimidade que tantas vezes o elegeu não é assim tão legítima quando elege aqueles com quem não concorda e, portanto, pode ser violada?

E as chamadas forças de segurança acharão, porventura, que alguém se sente protegido aos seus cuidados depois do espectáculo que deram aos portugueses?

É pena que, além da vida muito difícil que enfrentam, os portugueses juntem a isso o triste espectáculo de ontem à noite. Em democracia, é suposto que quem não está de acordo, sobretudo se tem responsabilidades políticas, apresente alternativas e a única que ontem ouvimos é demagógica e irrealista.

Se, os que ontem se juntaram na Aula Magna, apenas têm para dizer ao país é “acabe-se com a austeridade porque a violência está à porta”, esse é o principal sinal de que o país vive uma gravíssima crise democrática, seguramente pior do que a crise económica e financeira.
  Raquel Abecasis (rr)


Também esta semana escreveu sobre Mário Soares, José António Saraiva: 

 (...) Outra coroa de louros de Soares tinha que ver com o modo como evitara a bancarrota em 1983, quando era primeiro-ministro, impondo (com a ajuda de Ernâni Lopes) uma corajosa política de austeridade.  
 Ora, as violentas críticas que agora faz à austeridade ofuscam de certo modo esse seu feito, lançando legítimas dúvidas sobre a convicção com que agiu naquela época.  Mas a história não acaba aqui.  A imagem de marca que Soares construiu no período escaldante do pós-25 de Abril foi  a de um político pragmático e moderado, que não embarca em aventuras e não se deixa tentar pelas ilusões revolucionárias, muito em voga nos meios intelectuais daquela época. Ora, a linguagem radical e descabelada que agora utiliza, e a participação em manifestações frentistas de braço dado com o PCP e o Bloco de Esquerda, está a apagar essa imagem moderada. Finalmente, em 1975, quando o PCP dominava a rua e promovia sucessivas manifestações para assustar e condicionar o Governo, Soares insurgiu-se contra o ‘poder popular’, afirmando o primado do voto nas urnas sobre as acções de rua, e bateu-se pela realização de eleições.  Ora, hoje afirma que o actual Governo, saído do voto, é «ilegítimo» – e valoriza sobretudo os desfiles nas ruas e as manifestações anárquicas de descontentamento.  
(...) Nessa tarefa de destruição sistemática colaboram jornalistas sem grandes escrúpulos que sabem que, quando lhe colocam um microfone à frente, Soares não resiste a falar e diz normalmente uma bojarda qualquer.  José António Saraiva (sol) 

Antes dos episódios de ontem, Ricardo Costa (sic/expresso) também escreveu sobre o assunto, falando da "obsessão" de Soares por Cavaco: 

Mário Soares é o político português que mais admiro e, seguramente, o político que mais gostei de acompanhar em reportagem. É dos poucos portugueses a quem se pode aplicar, sem exagero, a expressão bigger than life. O seu sentido político, a capacidade de luta em momentos-chave da nossa história e a força de ver além da espuma dos dias foram demonstrados vezes sem conta.
A minha admiração por Soares nunca me impediu de o criticar abertamente por várias razões: quando tentou impedir Jorge Sampaio de lhe suceder, quando deu cabo da sua eleição para presidente do Parlamento Europeu com declarações misóginas, quando resolveu candidatar-se a um terceiro mandato como PR, quando tentou humilhar Manuel Alegre e acabou humilhado, quando promoveu descaradamente a candidatura errática de Fernando Nobre por pura e simples vingança, quando andou ao colo com Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas porque desprezava Ferreira Leite e quando começou a dizer frases absurdas ao jornais dia sim dia não.
Muitos destes "erros" são recentes, mas há um que persiste desde 1985. Mário Soares nunca gostou de Cavaco Silva - o que é normal -, mas sempre o desvalorizou, o que é um erro político primário. Um erro que conduziu Mário Soares a vários acidentes circunstanciais e um ou outro de maior dimensão. Soares nunca atribuiu a Cavaco Silva as duas maiorias absolutas do PSD, sempre achou que foram episódios promovidos pelas aselhices de Constâncio e Sampaio, líderes do PS em 1987 e 1991, e pelo desaparecimento do CDS. Nunca percebeu que uma grande quantidade de portugueses associavam diretamente Cavaco a uma época de prosperidade e que o viram, na altura, como a pessoa que melhor corporizava os benefícios da adesão à CEE, justamente promovida por Mário Soares. De forma não declarada, sempre alinhou com a direita mais tradicional e conservadora no julgamento sumário de um homem vindo de Boliqueime que não sabia estar à frente de uma televisão ou num jantar de Estado. Curiosamente, o único socialista que alguma vez derrotou Cavaco Silva foi outra pessoa que Soares nunca levou a sério, Jorge Sampaio. Mas Sampaio sempre levou Cavaco muito a sério.
Hoje à noite, é bem provável que possamos assistir a uma nova fase da obsessão de Soares por Cavaco. Ao que se vai ouvindo, porque Cavaco se devia demitir "por não defender a Constituição" (sic). Não sei se as pessoas que hoje vão encher a Aula Magna sabem quantos pedidos de fiscalização, preventiva e sucessiva, o Presidente enviou ao Tribunal Constitucional. Nem se conhecem o teor dos textos, ou sequer as declarações públicas de Cavaco sobre a Constituição e os juízes do TC. Presumo que não. Espero apenas que o PS tenha algum juízo e não se ponha a secundar Soares neste golpe de Estado discursivo. É que em 2015 dois meses depois do PS chegar ao Governo, a Aula Magna vai voltar a encher-se para pedir a cabeça de vários ministros socialistas. E, naturalmente, a cabeça de Cavaco que, por essa altura, ainda vai estar em Belém.

Acho que Soares deveria pensar um bocadinho mais antes de falar nos próximos tempos. Liberdade de expressão e democracias á parte, está a fazer cair toda a consideração que muitos portugueses ainda têm por ele.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Fotografias

Adoro fotografia e adoro fotografar. Não sou a melhor fotografa, nem tenho a melhor câmara. (Quem sabe um dia, saiba fotografar á seria e compre uma máquina melhor :P). Mas há fotos que me saem bem (digo eu:p), e gostava de partilhar as minhas preferidas do ano convosco.

Aqui ficam, provavelmente já conhecem todas, mas são as minhas escolhidas deste ano de 2013.


São Paulo, Outubro, BR

Puerto de Málaga, Março, ES

Setúbal, lugar de muitas viagens de infância, revisitado no Verão, PT

O primeiro Real Madrid- Barcelona, Janeiro, ES

Pôr de Sol, Novembro, SP, BR

Templo de Debod, Maio, ES

Porto, Julho, PT

Londres, Junho, ING

Granada, Setembro, ES

Londres, Junho, ING

Agosto, Algarve, PT

Douro, Setembro, PT

Gran Via, Junho, ES

Segovia, Março, ES

Checkpoint Charlie, Fevereiro, Berlim, AL

Calle Marques de Laria, Março, Malaga, ES

Pantanal, Novembro, MT, BR

La Rambla, Abril, BCN, ES

Monumento ao Holocausto, Fevereiro, Berlim, AL

Janeiro, Madrid, ES

Victoria Station, Junho, Londres, ING

MACB, BCN, Abril, ES

Março, Lisboa, PT

O Tejo, Lisboa, Março, PT

Londres, Junho

Madrid, ES

Vista sobre o Douro, Junho, PT

Porto, Abril, PT

Agosto, Póvoa, a minha futura casa, PT

Plaza de España, Sevilla, Setembro, ES

Março, Lisboa, PT

Agosto, Moledo, PT

Lisboa, sem filtro, Outubro, PT

Madrid, Julho, ES

O 50 aniversário da morte de Kennedy

Joseph S. Nye is a professor at Harvard University and the author of "Presidential Leadership and the Creation of the American Era;  

About the 50th anniversary of the assassination of the President John F. Kennedy and his legagy: 




 (...) A 2009 poll of 65 American presidential scholars rated JFK as the sixth most important president, while a recent survey of British experts on American politics put Kennedy in 15th place. Those are impressive rankings for a president who was in office for less than three years, but what did Kennedy really accomplish and how might history have been different if he had survived?

In my book Presidential Leadership and the Creation of the American Era, I divide presidents into two categories: those who are transformational in their objectives, pursuing large visions related to major changes; and transactional leaders, who focus more on “operational” issues – ensuring that the metaphorical trains run on time (and stay on the tracks). Because he was an activist and a great communicator with an inspirational style, Kennedy appeared to be a transformational president. He campaigned in 1960 on a promise to “get the country moving again.”

Kennedy’s inaugural address appealed to sacrifice (“Ask not what your country can do for you – ask what you can do for your country”). He established programs like the Peace Corps and the Alliance for Progress with Latin America, and he set the United States on a path to landing a man on the moon by the end of the 1960’s.
But, despite his activism and rhetoric, Kennedy was a cautious rather than an ideological personality. As the presidential historian Fred Greenstein put it, “Kennedy had little in the way of an overarching perspective.”
Rather than being critical of Kennedy for not living up to his rhetoric, we should be grateful that in critical situations, he was prudent and transactional rather than ideological and transformational. The most important achievement of Kennedy’s brief presidency was to manage the 1962 Cuban missile crisis and defuse what was probably the riskiest episode since the dawn of the nuclear age.

(...)

In my view, Kennedy was a good but not a great president. What made him good was not merely his ability to inspire others, but his prudence when it came to complex foreign-policy decisions. We are fortunate that he was more often transactional than transformational in foreign policy. We are unfortunate that we lost him after only a thousand days. 

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E depois do Adeus: Provavelmente a melhor série portuguesa que já vi

"Depois do Adeus" transmitida este ano pela RTP foi provavelmente a série portuguesa que mais gostei de ver. Um retrato-pelo que me dizem os mais velhos-fiel do que foi o período pós 25 de Abril. Período que foi tudo, menos ficção. Pelo que me dizem também, foi tudo levado ao pormenor, as características das casas, o guarda-roupa, os pormenores das montagens com Luanda e Lisboa..... Já para não falar da banda-sonora, repleta de clássicos.

Também como ajuda ao meu trabalho final do Máster, vi a série durante o mês de Julho. Deixei que acabasse na televisão para assim poder ver á vontade e ter todos os episódios disponíveis. Não tem muitos capítulos, mas devorei a série em apenas alguns dias.

Sou mesmo suspeita para falar dela, porque de fato gosto da História de Portugal, e em especial do 25 de Abril. Perdoem-me os mais velhos, mas acho que gostava de ter vivido um pouco daquela época revolucionária, da que transformou o caminho que nos levou aos dias de hoje. O PREC, a iminência de uma guerra civil, tempos difíceis...mas que pelo menos por um dia gostava de ter vivido.

A série retrata a ponte aérea de Luanda a Lisboa, o inicio da guerra civil angolana, os problemas sociais nascidos desta vinda dos "retornados" para a "metrópole", o PREC,  até ao período de estabilidade e de eleições de 76. Também engraçadas são as montagens das personagens, na campanha de Ramalho Eanes.

Enfim, mesmo os não apaixonados, como eu, da história de Portugal e de coisas antigas, acho que iriam gostar da série. Participam actores da nossa geração, como a Catarina Wallenstein, Tomás Alves, Sara Salgado, Joana de Verona, ou Rodrigo Saraiva. Ainda está disponível no site da RTP.Na sequência irá começar em breve "Filhos do Rock" versão músical desta época da vida portuguesa, com Ivo Canelas, Madalena Brandão, entre outros.













quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Sobre a genialidade do Moutinho

É certo que temos o jogador do mundo. Mas Ronaldo não fez aqueles golos á Suécia sozinho. Muito se deveu ao trabalho de João Moutinho que mais uma vez passeou toda a sua classe. 

É isso mesmo. Muita classe e talento puro. Mais uma exibição soberba, mais duas grandes assistências... que visão de jogo! Que grande jogador. 

Incansável no campo, Moutinho está mesmo ao nível de um Xavi ou de um Iniesta, que tão bem trabalham e fazem com que outros brilhem. Temos dupla! Temos Mundial! 



Henrique Raposo na sexta-feira passada, no Expresso:

"Sempre gostei de João Moutinho, porque este jovem lagarto é a negação do brinca-na-areia tuga. Sempre tivemos médios indolentes, dados à rodinha, à complicação, à masturbação da
 bola, à bola no pé e não no espaço, à brincadeira insolente no meio-campo que se transforma 
em tremelique incompetente na hora do remate.
 Moutinho é o oposto: pede a bola no espaço 
vazio e não no pé, recebe a chicha com rigor de ourives e, logo de seguida, faz um passe para
 o espaço, apostando na desmarcação do centroavante e não no meiinho punheteiro dos médios. Para usar o calão do futebolês moderninho, Moutinho é um gajo com um "futebol vertical".
Sem exagero, o médio-centro da selecção é um dos grandes médios europeus. A exibição que
 fez contra a Espanha (meia-final do Europeu) é uma das melhores exibições de sempre do
 meu estendal de memórias da bola, e olhem que o estendal é grande. Devido à sua acção, 
Portugal bateu-se de igual para igual com a selecção mais enleante desde o Brasil de 82. 
Se tivesse um centroavante com um apuro técnico semelhante ao de Moutinho, 
Portugal seria sempre um dos grandes candidatos à conquista de Europeus e Mundiais. 
E, se tivesse um centroavante e um goleiro com a dimensão técnica do patrão do Mónaco, 
Portugal já teria dois ou três canecos na vitrina da federação. "
 


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/joao-moutinho-e-os-masturbadores-da-bola=f841059#ixzz2lEEwMImJ






Ana Moura

Confesso que não foi um amor á primeira vista. Quando me falavam da Ana Moura torcia sempre o nariz, achava-a um pouco arrogante, principalmente depois da atuação com o Mick Jagger. Mas sinceramente hoje não sei onde fui buscar essa ideia.

De há um ano para cá que tenho ouvido este Desfado, e tenho seguido um pouco mais de perto a sua carreira, através das redes sociais, e de algumas aparições televisivas. E tenho constatado não só que é uma artista e uma fadista maravilhosa, mas também, uma pessoa excepcional.

Acho que foi a música que dá nome ao álbum que me fez ir á procura dele. E a descoberta não podia ser melhor. Que trabalho fabuloso.

Já não me lembrava de ouvir um cd de inicio ao fim, de saber todas as músicas e gostar de cada uma delas. Cada uma para o seu momento e ocasião.

Aconselho e quer quiser vê-la ao vivo, dia 21 de Dezembro em Guimarães.

Já sei que é um estilo de música que nem todos gostam, mas gostos são gostos, e cada um tem os seus. Os meus são muuuiiiiiiiiiiiiito variados. ;)



Beijinhos de São Paulo*

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

São Paulo: Um mês e uns dias ...

Um mês em São Paulo. O andamento desta cidade é alucinante. O tempo aqui voa. Quando damos conta é sexta-feira. E assim sucessivamente. Os dias fogem-nos. Será que é porque nesta cidade caótica demoramos muito para fazer cada coisa? E as horas e os dias passam num estalar de dedos?!  Não sei, não sei explicar, mas ao mesmo tempo parece que estou aqui há muito mais tempo do que um mês. Já fiz e já conheci tantas coisas.

Não sei, só sei que estou apaixonada por este movimento, por este ritmo, por esta confusão. Há uns anos dizia que não me imaginava a morar numa cidade grande, precisamente por estes motivos. E afinal aqui estou eu, não numa cidade grande, mas num mundo. São Paulo, é a sexta cidade mais populosa do mundo. Aqui as filas de trânsito que não têm fim, o ónibus demora muito a chegar a qualquer sítio e o metro poderia ser tão, tão melhor. O ónibus já vai ter melhorias na extensão que percorre, mais faixas exclusivas, mas o metro poderia ser muito mais útil. Infelizmente ainda não é. Ainda há muito para fazer, nesta cidade dinâmica, de negócios e trabalhadora. Ainda há muito para fazer no Brasil. Mas isso seria outra conversa, e que conversa.

Além de ser uma das mais populosas cidades do mundo, São Paulo é também uma das mais feias. No entanto, tem cultura espalhada por toda a cidade, a céu aberto, nos museus, amostras, exposições, teatros, e celebram-se aqui inúmeros eventos culturais, como a Bienal de SP ou a Virada Cultural.  São Paulo é fortemente influenciada pelos diversos grupos de imigrantes que cá se estabeleceram, desde italianos (a pizza cá é provavelmente melhor que em Itália:p),a japoneses, etc. Também a marca portuguesa está bem presente, tal como no Rio de Janeiro. 

Tem algumas zonas bonitas, principalmente os parques e os jardins, mas no fundo é uma enorme selva de pedra. A vista do restaurante/ bar do Terraço Itália, é aquela que mostra realmente a imensidão da cidade, os prédios amontoados. De lá é fácil compreender como vivem em São Paulo (capital) mais de dez milhões de pessoas, em São Paulo zona metropolitana , são mais de vinte. 

Mas é uma selva de pedra apaixonante.  Lojas, bares, botecos, casas de show, cafés e restaurantes não faltam, uns acessíveis outros nem por isso. É preciso saber escolher, porque há muitos programas low cost na cidade. 

Estou a tentar ficar por cá mais algum tempo, ainda que tal como diz quem cá vive, SP é cidade para dois, três anos. A ver se há sorte, se não, a vida é uma viagem....

A minha ideia da cidade é um pouco generalizada, com a do grupo de portugueses que conheço cá. Gostar de SP é algo que não é possível explicar. Gosta-se e pronto. 

São Paulo

Parque do Ibirapuera

Terraço Itália

Museu de Imagem e Som


Bons jantares caseiros

A Ponte de Morumbi



Por toda a cidade há obras destas.

Niemeyer


;)


Avenida Paulista

A Selva

A Selva á noite

Amostra de Fotografia

MASP - Museu de Arte de SP

Metrôôô

Bienal- entrada grátis



Karl Lagerfeld (expo grátis)

O Parque mais uma vez




A conhecer uma praia próxima: Praia de Maresias

Mercadinhos





Praia de Maresias


Praia de Maresias




Carolina Carol

Maresias

Tugas na Praia de Maresias

Sunset

Sucos

Sunset


Maresias


Deixo-vos uma música de CRIOLO, naturais de SP: 



Será que não?!
Beijinhos, não me cheira a Natal ainda, há decorações por todo o lado, mas isto é muito estranho com 30 graus! *